terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

TAPAFUROS ANFÍBIOS.

A austeridade, o custe o que custar, as dificuldades do caminho imperam,  mas o rumo está traçado, e os Tapafuros querem honrar os compromissos assumidos. Assim no dia 17 seis magníficos rumaram a Serreleis para mais uma avaliação da condição física e moral do grupo. O resultado foi ... doloroso.

Os seis magnificos: Zé Duarte, Agostinho, Valente, Nuno, Filipe Araujo e Viana
A foto não é a mais adequada, mas foi o que se arranjou e serve de homenagem ao ausente Ângelo.




Ás 8.30 horas de domingo, mesmo assim um horário nada nobre para estar acordado, as tropas foram-se reunindo, um tanto ou quanto indecisos em enfrentar o mau humor do S. Pedro.
Será que já me viram?
 
vou fingir uma avaria...

Saudações efusivas entre todos, conselhos de ultima hora para alguns e estávamos prontos para tomar café.

Leva-me contigo, sirvo de guia pois costumas perder-te.
É impressão minha ou esta um frio do catano?

Achas que devo atacar já de inicio?

Cafeína reposta, chuva em abundância, frio qb, e estão reunidas as condições para mais uma volta domingueira.
Impunha-se a escolha do percurso e entre todos decidiu-se pela volta mais longa, escolha esta influenciada pelos gritos e saltos do Agostinho e pelo ar ameaçador do Nuno. Argumentos de peso para afastar qualquer facilidade na escolha da volta.
Alguém me explica o que andavam aqueles indivíduos a fazer aos zig zag na estrada?
Como é que eu caí nesta?
Eu só me apetecia dizer alguma coisa...

Feitos os Primeiros Km a ritmos alucinantes, que deixaram algus elementos exaustos, e eis-nos chegados ao habitat natural desta espécie: a Montanha.

Esta subida foi cansativa.
Como é que ainda não há portagens nesta autoestrada?

Aqui as dificuldades do percurso são vencidas com mestria, e por muito que o organizador da volta teime em descobrir caminhos onde eles não existem,  por muito que o milhafre ataque os joelhos do Viana, por mais chuva e frio que se sinta, nada detém estes magníficos, e é com muita pena nossa que não há imagens da nova versão do Agostinho "O Lenhador". Esta descoberta aconteceu num dos momentos de pura (des)orientação do gizador. A flora local ressentiu-se da passagem deste fenómeno por aquelas bandas, e onde nada havia a não ser mato, silvas e arbustos caídos, há hoje um single track fenomenal, já baptizado pelos indígenas locais, como o Caminho do Agostinho.
A diversão era constante, e o restante périplo decorreu com a normalidade que se espera e deseja, mesmo que um dos elementos do grupo tivesse que recorrer ao apoio técnico especializado das oficinas próprias espalhadas pelos percursos habituais dos Tapafuros.
 

A Oficina do Zé sempre pronta 24 horas por dia.   



Isto é lindo, carago!

A hora adiantada impunha o regresso ao aconchego e ao calor de uma boa lareira, mas não seria uma volta completa sem que se ingerisse um cálice da bebida revigorante e oficial do grupo. Forças restabelecidas, e o desejo de mais um domingo, mas se possível sem chuva. 
Aos presentes os meus parabéns pela coragem demonstrada ao enfrentar um domingo muito convidativo para a pratica de outros desportos que não o BTT, aos ausentes os meus parabéns pelo bom senso demonstrado com a sua ausência.

Nunca mais é domingo

Zé - Di

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Pedalar ao lado do rio...

Mais uma manhã de domingo em que alguns elementos do digníssimo clube TapafurQs deixaram o conforto do seu lar e puseram rodas ao ar, rumo a mais uma manhã bem encharcada de puro BTT e gastronomia.

Desta vez apenas cinco ilustres se fizeram representar. As condições climatéricas, assim como as viroses, não têm sido favoráveis a ter um pelotão mais alargado.

O relógio marcava 8:15 e já toda a malta deveria estar reunida. Mas... faltava o quinto elemento que, segundo informações recolhidas, andava um pouco perdido. Mais uns minutos e lá estava ele. No entanto, ainda havia coisas para fazer: o Nuno achou as suas lycras mal amanhadas e vai daí, apronta de imediato um ferro e uma tábua de passar. Além disso, e porque havia que preparar o regresso dos montes, nada melhor do que por o bacalhau a demolhar para fazer umas deliciosas (hmmmmm...) pataniscas!

O Nuno e o bacalhau.
O Nuno em modo dono de casa desesperado.


Após o café, parecia já não chover.
Para sair em pleno ainda havia que controlar as doses de cafeína. Todos os elementos foram submetidos ao controlo e alguns foram dispensados. Como sabem, não é só um ritual, é mesmo obrigação estatutária o cumprimento deste requisito para que a jornada de BTT não receba o chumbo do tribunal tapafurístico.



Aqui fica o relato da volta.

A poucos minutos das 9 horas lançámo-nos ao asfalto, mas apenas alguns metros, claro...
os cinco em jolda s.paio
Os cinco à saída: não perguntem  quem é quem pois foram usados filtros altamente sofisticados como vão poder ver ao longo desta crónica  


A nossa praia são os caminhos. Por estes dias cheios de lama e com eucaliptos tombados. Nada que nos assuste ou desencoraje. Por subidas e descidas lá fomos pedalando. Algumas vezes fora da bicicleta. Ora para limpar caminho ora para fazer face às empinadas subidas.Grande parte da volta foi feita tendo como paisagem o leito do rio. Mas não era um rio qualquer. Era o Rio Cabrão. Cabrão, isso mesmo. Espero que os leitores não me interpretem mal.
O Rio Cabrão e as suas trutas.
Alguns constrangimentos levaram a que cobertura fotográfica não fosse como habitual. Como já referi, as imagens capturadas incluem filtros de difícil execução técnica. Só ao alcance dos melhores. Mais uma vez aqui fica o registo para a excelente qualidade dos profissionais da fotografia que integram este grupo.

Os cinco no meio do bosque.

O JP a desaparecer no meio do bosque

Esta imagem ainda não foi descodificada.
A pouco e pouco a altitude aumentava. A volta era curta mas pontuada por íngremes subidas. A chuva e o frio não permitiam parar para recuperar energias. Mesmo o habitual reforço foi suspenso e as bananas guardadas para uma próxima volta.

Finalmente chegamos ao cume, lá no alto, na conhecida Penedinha de Letrigo. O Paulino registou as horas e as coordenadas. Eram 11:15, estava na hora de voltar para casa.
O Paulino a analisar as coordenadas.
No final, à volta da mesa, sítio onde também nós gostamos de pedalar, desfrutámos de um belo repasto. As fotos continuam com filtros estranhos mas é garantido que a mesa apresentava iguarias como pataniscas, enchidos, azeitonas, uma boa broa... tudo bem regado (mas não pensem que foi pela chuva).

Panorâmica da mesa preparada pelo Vitor.
Faltou apenas dizer que para esta parte da volta contamos ainda com a ajuda do nosso camarada Rui. Como podem ver na foto abaixo, ainda restou um pouco de coca-cola :)

Mais uma bela manhã de BTT e amizade se cumpriu. Balanço positivo. De lamentar as ausências mas na próxima seremos mais. A chuva acompanhou-nos com bastante frequência. As subidas e descidas também.

Despeço-me com amizade e até uma próxima crónica :)